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GNIGHT ECO - LOGICAMENTE CORRETO

sábado, 24 de novembro de 2007

DE QUE DEVEMOS NOS ORGULHAR??


A COISA TÁ PRETA, as queimadas da cana continuam, e não se vê qualquer perspectiva de mudança à curto prazo.

Nós vamos continuar insistindo, gritando, ainda que poucos nos ouçam, que alguns nos apóiem e que ninguém faça nada, VAMOS CONTINUAR GRITANDO!

Não há como negar o imenso mal que a queima da cana produz, para a saúde das pessoas, para o meio ambiente e para a economia do país.

Quanto à saúde, todos sabem que a fuligem da cana, o “carvãozinho”, causa câncer , isto está científicamente provado:

A queima de cana provoca a concentração de monóxido de carbono e ozônio, causa alteração do clima, emite material particulado, provoca a perda da fertilidade do solo e dissemina várias doenças respiratórias. Muitos poluentes resultantes da queima são indutores de lesões precursoras do câncer. Estudo realizado na região de Piracicaba, pelo pneumologista José Eduardo Cançado, pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que, quando há um aumento de 10% de partículas resultantes da queima no ar, os hospitais da região registram elevação de 22% no número de internações de crianças e idosos. Em noite de queimada, aumenta em 45% o movimento nos serviços de inalação dos hospitais.”
( Extraido de: http://www.estado.com.br/editorias/2007/06/07/edi-1.93.5.20070607.2.1.xml vale a pena ler a matéria toda. )
Mas não para por ai, AS QUEIMADAS DA CANA também agridem o MEIO AMBIENTE.

E não é só de uma única maneira :

IMPACTOS NA FLORA:

A destruição da vegetação florestal nativa do Brasil e, em especial, no Estado de São Paulo, tem ocorrido nos diversos ciclos de implantação de culturas e pastagens sendo o ultimo deles o da monocultura canavieira. Como exemplo temos a região de Ribeirão Preto que até a década de 1970 tinha 22% de cobertura florestal nativa, sendo que com o estimulo do PROALCOOL essa área foi reduzida para menos de 3% nos dias atuais. Mesmo com essa cobertura florestal irrisória para manter o equilíbrio ecológico da região, o fogo continua invariavelmente atingindo os últimos e pequenos remanescentes de vegetação nativa.

Os canaviais não são plantados em áreas distantes, isoladas de outras culturas ou vegetações. Na verdade, eles se estendem até os limites de florestas, unidades de conservação, áreas de proteção ambiental, áreas de preservação permanente e áreas de plantio de outras culturas.

Como as queimadas são efetuadas na estiagem, não raro as vegetações limítrofes são atingidas, diretas ou indiretamente, sofrendo danos irreparáveis ou de difícil reparação.

Como exemplo temos a Estação Ecológica de São Carlos, Unidade de Conservação localizada no Município de Brotas - SP, que tem uma história de destruição causada pelas queimadas da cana-de-açúcar.

Os canaviais da Usina da Serra estendem-se até os limites dessa Unidade de Conservação, sendo que há um histórico de danos diretos e indiretos, nela provocados pelas queimadas realizadas nessa monocultura.

Esses danos não são só causados por fogo provocado pelas fagulhas, mas também pela alta temperatura alcançada na queimada, que destrói a vegetação da borda, dando espaço para ervas daninhas, que se alastram pela área protegida.

São comuns as notícias publicadas sobre a destruição dos remanescentes de vegetação nativa por incêndios, com início a partir das queimadas da palha da cana-de-açúcar, sempre com alegações dos representantes do setor sucro-alcooleiro afirmando que o fogo fugiu ao controle.

No Município de Brotas/SP, a Usina da Barra S.A. - Açúcar e Álcool ,em setembro de 1997, efetuou a queimada no canavial situado nas proximidades da Área de Proteção Ambiental de Corumbataí (Decreto Estadual 2.960/83). As fagulhas da queima foram levadas pelo vento à área de proteção ambiental e provocaram um grande incêndio na mata nativa, que era repleta de nascentes.

Os argumentos utilizados pela Usina para tentar livrar-se da responsabilidade pelo incêndio naquela área protegida, é que tomaram todas as cautelas necessárias à queima do canavial, mas o fogo ficou sem controle, pois o período era de seca.
Para justificar a impossibilidade humana de apagar o incêndio depois de iniciado, expressamente citaram o ditado popular: "água de morro abaixo e fogo de morro acima ninguém segura".

Esse argumento ridículo utilizados pela Usina da Barra demonstra a irresponsabilidade do setor canavieiro e indica o grave risco que a flora é exposta a cada queima dita controlada, por ser impossível ter o controle do fogo utilizado. Considerando que as queimadas ocorrem na estiagem, é grande a probabilidade de uma fagulha atingir as áreas próximas.

Mesmo que as usinas paguem as multas e indenizações, não há reparação monetária que recupere a situação original de uma reserva florestal, com sua biodiversidade, seus nichos e seu equilíbrio, que foram destruídos para sempre pelo fogo.

IMPACTOS NA FAUNA

As queimadas dos canaviais, em regra, eram feitas a partir dos quatro lados da plantação, sendo que o fogo parte das extremidades para o centro e a temperatura chega a alcançar 800 º C. Essa prática, conhecida como "queimada em círculo", embora condenável, é sabido que ainda é utilizada em diversos lugares do Brasil. No Estado de São Paulo as queimadas têm sido feitas geralmente a partir de dois lados dos canaviais, para reduzir os riscos de acidentes. De qualquer forma o fogo tem destruído um número ainda incalculável de espécies da fauna nativa, a saber, desde insetos até mamíferos.

Os biólogos que trabalham no Parque Ecológico de São Carlos-SP desde 1989, relataram que não raro resgatavam das queimadas - na maioria das vezes sem sucesso - animais como gatos do mato, onças-pardas, lobos-guará, veados, tamanduás, tatus, cobras e muitos outros. Esses indivíduos eram resgatados das queimadas dos canaviais e raramente sobreviviam. Relataram também que é enorme a quantidade de animais que morrem pelo fogo, pela elevada temperatura ou por asfixia causada pela fumaça. Além disso, há um número espantosamente maior de outros integrantes da fauna, como insetos, pequenos roedores e pássaros, que são completamente incinerados e sequer deixam vestígios notáveis.

Explicaram que muitos animais por não encontrarem mais as matas nativas que foram destruídas para implantação dos canaviais, tem como único abrigo o próprio canavial, que serve para sobrevivência e a procriação dessas espécies. Por este motivo, é muito comum o animais silvestres se multiplicarem no meio dos canaviais, onde muitas aves, como pombas, nhambus, codornas e perdizes fazem seus ninhos e colocam seus ovos, também atraídas pela farta oferta de insetos. Essa povoação atrai predadores como cobras, ratos e lagartos, que por sua vez atraem outros predadores de maior porte, como o cachorro-do-mato, o lobo-guará e a onça-parda. A esta população juntam-se outros animais, como a capivara e a paca. Impiedosamente a queimada alcança esse nicho ecológico que tenta se restabelecer dentro do canavial, matando os animais que dificilmente conseguem fugir dessa verdadeira armadilha preparada pelo homem.

Não existe um levantamento estatístico científico sobre a quantidade de animais e de todas as espécies que morrem, em média, por hectare de canavial queimado.

Os dados existentes são escassos e representam uma fração bastante pequena da realidade, pois são referentes apenas aos animais que são resgatados com vida e levados a um atendimento emergêncial.

Assim, estão fora deste levantamento todos os insetos e praticamente todas as aves e pequenos roedores. Também não estão computados animais que conseguem fugir, lesionados, que acabam por morrer em outro lugar.

A Polícia Ambiental do Estado de São Paulo passou a desenvolver a partir do ano de 2002 um trabalho que consiste em operações de constatações de danos à fauna pelas queimadas, logo após a sua utilização nas lavouras de cana-de-açúcar.

A informação é que são encontrados muitos animais mortos, moribundos ou abalados pelo calor, fumaça e fogo, além de um número incalculável de pequenos animais cujo desaparecimento no meio da queimada não deixa vestígios.

Como se constata, não existe um trabalho científico, sobre o numero de espécimes atingidos por hectare de cana queimada, mas as informações já existentes revelam um grande impacto sobre a fauna e o conseqüente desequilíbrio ecológico.

Concluímos que a queimada da palha da cana-de-açúcar, embora muitas vezes feita com autorização do poder público, é uma prática que infringe a lei, pois provoca danos na fauna, que é especialmente protegida por leis federais e estaduais. “

( Extraido de : http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=26600)

O que dizer?? Que tipo de mundo estamos deixando para as futuras gerações?

Somos coniventes....... cúmplices desses crimes porque nos calamos, por conveniência ou por falta de informação ou ainda pior, por comodismo.

Mas eu acredito no mais forte sentimento humano : O INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA, e quando as pessoas concluirem : OU MUDAMOS OU MORREREMOS, .........AÍ A COISA MUDA OU FICA PRETA PARA SEMPRE!

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente meu amigo! Passei e gostei.

Paulo Salle disse...

Obrigado, nossa luta continua, e precisa de mais guerreiros, e você que escreve, eu sei que muito bem, deve tambem nos dar uma grande força, espero qualquer hora ter o prazer de publicar um texto seu no meu Blog.

PAZ E BEM...SEMPRE!!

ESTAMOS MUDANDO O MUNDO..........?

O TEMPO NÃO PARA , PRA NINGUEM NO MUNDO

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